Anatomia do assoalho pélvico








A pélvis ("bacia") é a parte do corpo que fica entre a barriga e as pernas. Como nós andamos em duas pernas, essa bacia precisa ser bem forte para sustentar o peso de toda a parte de cima do corpo. Por isso temos uma musculatura forte que segura todos os órgãos da bacia no lugar certo, incluindo a bexiga, os intestinos, etc.. Nas mulheres isso é ainda mais importante, pois durante a gravidez ela ainda tem que suportar o peso do útero e do bebê. A parte de baixo dessa bacia é feita por músculos fortes, que formam um "assoalho".

Vejamos como funciona o assoalho pélvico: 
Os músculos do assoalho pélvico formam um oito (8) (Figura 5), sendo que o círculo de cima envolve a abertura da vagina e da uretra e o círculo de baixo envolve a abertura do ânus.

A saúde dos músculos pélvicos é fundamental para manter a integridade e o bom funcionamento da vagina e da uretra e a posição dos órgãos dentro da pélvis. Os músculos pélvicos controlam o fluxo de urina, a contração (aperto) da vagina e o bom fechamento do ânus. Tanto a uretra quanto o ânus têm um esfíncter (músculos especiais que funcionam como fechaduras) que garantem a retenção da urina e fezes. O assoalho pélvico é composto de várias camadas de músculos suspensos como uma "rede" pendurada em dois pontos, na frente e atrás da pélvis. Além dessa rede, os músculos também formam um triângulo (Figura 5).

Um assoalho pélvico saudável tem um bom tônus (firmeza) e elasticidade. Entretanto a idade, a falta de exercícios em geral, e mesmo a gravidez e parto (seja ele vaginal ou cesariana) fazem com que estes músculos fiquem mais fracos, e a "rede" fique "arriada".

Também é importante não ficar passando vontade de ir ao banheiro. Quando tiver vontade de urinar ou de defecar, vá logo "atender o chamado da natureza", como diziam os antigos. Segurar a urina provoca uma distensão muito grande na bexiga e força o esfíncter, facilitando a incontinência urinária e mesmo a infecção (cistite). Quando adiamos as fezes, elas vão secando no intestino, o que facilita o aparecimento da prisão de ventre, das hemorróidas e da dificuldade de segurar os gases.

No parto vaginal, quando a mulher foi cortada na vulva (episiotomia*) ou sofreu um fórceps, isso pode prejudicar mais ainda esses músculos. Antigamente acreditava-se que para preservar a vagina e a vulva, se deveria fazer episiotomia em todas as mulheres. Hoje sabe-se que na grande maioria das vezes, a episiotomia é mais prejudicial do que benéfica, e que deve ser evitada, pois piora o estado genital das mulheres ao invés de preservá-lo. Se você vai ter um parto, converse com seu profissional de saúde sobre prevenção da episiotomia (a liberdade de posição no parto é fundamental). 


Fonte: Tomasso, Giselle

Quando esses músculos se enfraquecem, a mulher pode ter os seguintes problemas:

  • Sentem que sua vagina está pouco firme para as relações sexuais - às vezes nem ela nem o companheiro sentem prazer; 
  • Dificuldades para segurar a urina (bexiga caída ou frouxa), quando ri ou tosse; 
  • O útero pode ficar muito perto da abertura da vagina (útero caído); 
  • Dificuldades de controlar os gases ou as fezes.
Na maioria das vezes, os exercícios pélvicos podem prevenir e tratar esses problemas. Quando iniciamos os exercícios, os músculos estão fraquinhos, mas eles aos poucos vão reagindo e ficando mais poderosos. Como todo exercício, esses também necessitam de regularidade, fé e constância, mas os resultados são excelentes, e podem mesmo evitar um tratamento por cirurgia. Para muitas mulheres, esses exercícios implicam em grande satisfação sexual, tanto na hora de fazê-los sozinha quanto depois na hora das relações. Aproveite, pois com o tempo pode ficar ótimo!
 


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